segunda-feira, 20 de setembro de 2010

O grande passo da Babolat

A badalada marca francesa de raquetes emplacou dois campeões do US Open. Detalhe: a companhia começou a fabricar o produto há menos de 20 anos

Por Redação da ISTOÉ - DINHEIRO

O espanhol Rafael Nadal, tenista número 1 do mundo, bate a bolinha no chão e se prepara para o saque. Levanta a pelota de 56 gramas, gira o braço e despeja uma força descomunal na raquete. Em menos de um segundo, a bola sai da inércia e alcança impressionantes 217 km/h. Só a física, é verdade, consegue explicar esse fenômeno com precisão. Mas a francesa Babolat, empresa que fornece as raquetes para Nadal e para outros esportistas, traduz esse movimento em poucas palavras: vendas em alta.

E, na semana passada, a companhia teve motivos de sobra para comemorar as “marretadas” de seus atletas. Nadal sagrou-se campeão na categoria masculina do US Open, um dos quatro torneios que formam o Grand Slam (os outros são Wimbledon, Roland Garros e Australia Open), a belga Kim Clijsters levou o troféu no feminino e o jovem americano Jack Sock ficou com o caneco nos juniores.



Detalhe: os três usam Babolat. “Quando um atleta é vencedor, consegue transportar os atributos para o produto”, diz Fernando Trevisan, diretor geral da Trevisan Escola de Negócios. Isso é crucial para o negócio, principalmente no universo do tênis.

A empresa, que faturou cerca de US$ 150 milhões em 2009, sabe mais do que ninguém da importância de ter a companhia de atletas vencedores. Foi dessa forma que ela conseguiu entrar em um mercado em que imperavam as marcas Wilson, usada suíço Roger Federer; a Head, de Andre Agassi, e a Prince, de Jimmy Connors.

A Head e a Wilson ainda mantêm o prestígio, mas a Prince não é mais a mesma. A Babolat conseguiu desbancar a rival se reinventando e recrutando jovens talentos. A companhia foi fundada em 1875, um ano depois da criação do tênis. O inventor do esporte, Walter Clopton Wingfield (1833-1912), pediu que Pierre Babolat, dono de uma fábrica de cordas usadas em instrumentos musicais, criasse cordas para raquetes.

Desde então, a empresa se especializou no segmento. A marca se reinventou ao lançar a primeira linha de raquetes, em 1994. A partir daí, começou a recrutar os garotos-propaganda. “Era difícil convencer os jogadores a usar nossas raquetes”, disse Eric Babolat em entrevista à revista Time. “Eles sempre queriam saber que outros jogadores usavam a raquete. Nossas cordas foram um diferencial muito importante”, diz Babolat.

Hoje, ninguém pergunta quem usa as suas raquetes. Basta vê-las nas mãos de campeões como Nadal e Andy Roddick, mas o corpo a corpo na busca por jovens talentos continua. E trata-se de uma estratégia encarada como ciência. A empresa examina os 100 melhores jogadores e as 100 melhores jogadoras do ranking internacional de juniores. Destes, apenas 7% têm chances de se profissionalizar e só 1% pode chegar ao tão sonhado top 10.

É antes de chegar nesse estágio que eles são fisgados. Nadal, por exemplo, usa Babolat desde os 8 anos de idade. Ele cresceu e se desenvolveu no esporte ao lado da marca. Não é exagero dizer que cada vitória sua nas quadras é uma conquista para a Babolat. “O valor disso é incomensurável”, diz José Estevão Cocco, da J.Cocco Sports & Marketing e presidente da ABRAESPORTE.

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