Atletas destacam o 2º. Interestadual de Triathlon como uma das competições mais desafiadoras da modalidade



Beatriz Neres

 O desafio é completo, a natação em água doce, mais pesada e com menor flutuabilidade que o mar; o ciclismo com a famosa “Serrinha” que faz a Serra de Campos ou o GP Extreme passarem ao lado; e a corrida já com sol em um sobe-desce constante. Tudo isso em uma paisagem linda, água limpa, cronometragem, arbitragem e hidratação profissionais. Por tudo isso, pode-se afirmar que o Interestadual é a competição em distância olímpica mais desafiadora do Brasil, sendo ideal para triatletas experientes que gostem de desafio completo.

No fim de semana de 3 e 4 de dezembro, a cidade de Brotas (SP), conhecida pelas belas paisagens e pelos esportes radicais, foi palco do 2º. Interestadual de Triathlon. A competição na distancia Olímpica, agora denominada de Standard – 1.500m de natação, 40km de ciclismo e 10km de corrida, foi realizada em um percurso desafiador e procurou oferecer aos atletas a experiência de vivenciarem as regras internacionais, da International Triathlon Union - ITU, de um Campeonato Mundial Oficial. 

Na categoria Elite, o vencedor foi Helcio Kricky, de Curitiba (PR), que completou a prova em 2h17min20s. “Essa é uma competição que faltava no Brasil. Ou seja, com o ciclismo que faz a diferença. Nas outras competições, com vácuo, temos nadadores e corredores e a parte do ciclismo é muito fraca, vira até um jogo de compadres para depois fazer uma corrida forte”, avalia.



Helcio Kricky

 Hélcio conta que sentiu muito a corrida porque forçou muito o ritmo desde a natação. “Os primeiros 2,5 km da corrida foram muito sofridos, com muito desconforto, mas eu segurei o ritmo, para mais na frente me soltar, a partir dos 5 km eu consegui crescer e, depois dos últimos 2 km, eu fui para o abraço”, conta o representante do Paraná, que faz Triathlon há seis anos e larga com os profissionais há dois. “Essa foi a primeira que ganhei na elite, mas tenho calma e sei que o segredo é perseverar, porque os resultados não vêm de uma hora para outra”, afirma.

Francisco Luiz Viana Neto foi o primeiro da categoria Amador com o tempo de 2h20min26s. “Interessei-me muito em participar do Interestadual, por ser uma prova sem vácuo, já que o ciclismo é o meu forte. Nadei bem, consegui fazer um pedal bem consistente e forte, mas me poupando ainda para correr, pois sabia que era um percurso muito duro mesmo. Deu tudo certo, não “quebrei”, consegui descansar um pouco no pedal, fiz uma corrida geral para conseguir chegar em primeiro lugar na categoria Amador”, relata.

Beatriz Neres, do Esporte Clube Pinheiros, de São Paulo, foi a primeira mulher a cruzar a linha de chegada do 2º. Interestadual com a marca de 2h44min21s. Ela ficou muito feliz por ter melhorado sua classificação em relação ao ano passado, quando chegou em segundo com um tempo de 2h58min02s. Essa foi a quarta vez que Beatriz fez Triathlon Standard/Olímpico. “O Interestadual é uma prova atípica. Tem alguma semelhança com o cross, mas ao mesmo tempo é uma prova gostosa, na qual você consegue manter um ritmo legal. Vale a pena, é um desafio para todo mundo que terminou, mesmo andando”, avalia Beatriz Neres, que tem na corrida o seu ponto forte. “Além de ser difícil, o sol é muito forte. Para mim, a corrida exigiu um pouco mais, apesar do percurso da bike não ser um dos mais fáceis também.”

Rita de Cassia Sversut Appezzato chegou em segundo lugar com o tempo de 3h07min15s. “A prova de hoje foi desafiadora, realmente é para desafiar qualquer Ironman. O percurso da bike foi o mais difícil. Se você não conseguir dosar, na corrida você pena”, destaca.

São Paulo é a equipe campeã do 2º. Interestadual de Triathlon

Realizada pela Federação Paulista de Triathlon (SPTRI) com o apoio da Secretaria de Esporte, Lazer e Juventude (SELJ), do Estado de são Paulo, a competição teve a participação das Federações de São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Mato Grosso e Rio de Janeiro. A equipe de São Paulo foi a campeã com 397 pontos, a do Rio de Janeiro fez 99, Paraná 60, Distrito Federal 60, Minas Gerais 10, Santa Catarina 10 e Mato Grosso 8. O presidente da SPTRI, Frederico Wilche, considerou este segundo ano do Interestadual, que incluiu a modalidade Paratriathlon, como a parte final do projeto piloto, que testou a equipe de árbitros que terminou o curso recentemente e a parte de cronometragem eletrônica com nova tecnologia, “agora é partir para o terceiro ano do Interestadual, já marcado para o dia 2 de dezembro de 2012, com todas as características de evento tradicional no calendário, inclusive com o início das inscrições em janeiro de 2012”.

Para o Professor Luís Antonio Gonçalves da Silva, Diretor Regional de Esportes da Secretaria Estadual de Esportes, Lazer e Juventude, “esse tipo de evento é muito importante para nós, que vamos sediar os Jogos Olímpicos em 2016. Essa parceria com as federações permite buscar novos talentos nas mais variadas modalidades esportivas, como é o caso do Triathlon. A região de Brotas favorece esse tipo de competição, que acaba sendo um atrativo a mais em termos de opção turística para a cidade, com grande tradição em esportes radicais”.

“Uma das cinco melhores provas do Brasil.”

Jefferson José Maciel Vilela, o Vilela

Os organizadores da prova tiveram o cuidado de traçar um percurso extremamente técnico, a começar pela água da represa Jacaré Pepira, com densidade maior e mais difícil de nadar. “Estava tudo muito bem sinalizado e foi tranquilo realizar essa etapa da água”, destaca Jefferson José Maciel Vilela, o Vilela, triatleta há mais de 20 anos.

Para Vilela, que participa do Interestadual como um desafio pessoal, a parte do ciclismo foi, realmente, a mais difícil. Foram duas voltas de 20 km, sendo que em cada uma havia o grande desafio de uma subida de 2,7 km. “Foi muito desgastante. Se o triatleta não conseguir dosar bem o ritmo, acaba “quebrando” no meio da subida e, muitas vezes, nem consegue completar a prova”, avalia o veterano que cruzou a linha de chegada com um tempo de 3h29min49s, superando a marca de 3h31min48s da primeira edição do Interestadual.

Na parte de corrida, o percurso de 10 km foi extremamente desafiador com várias alternâncias de subidas e descidas. “O trajeto praticamente não tem sombra, ou seja, você fica exposto ao sol o tempo todo. Mas, a organização foi maravilhosa, em termos de orientação da equipe de árbitros, fiscais e staff, hidratação no percurso e total fechamento das vias usadas pelos atletas. Eu diria que este Interestadual está, tranquilamente, entre as cinco melhores provas do Brasil”, conclui Vilela, que tem em seu currículo a participação em 10 Ironman.

O presidente da Associação de Triathlon Master de São Paulo (ATM), Rychard Hryniewicz, afirma que “nós assessoramos a Federação para organizar uma competição que representasse as vontades dos triatletas, pensando no local, valor, logística e, principalmente, no desafio. Pelas manifestações dos atletas, posso afirmar que tivemos sucesso, e ao mesmo tempo sabemos que sempre é possível melhorar”.

A Premiação

O 2º. Interestadual, além de proporcionar um grande desafio, distribuiu mais de R$ 5.000,00 em prêmios, contemplando um grande número de atletas das Categorias de Idade (amadores).

Alto Rendimento

Helcio Krick – PR - Uma passagem aérea para a primeira etapa do Campeonato Brasileiro de Triathlon na Distância Standard de 2012.

Anderson Ferreira – SP - Subsídio de 50% no valor de uma passagem de avião para a primeira etapa do Campeonato Brasileiro de Triathlon na Distância Standard  de 2012.

Renato Girardi – SP - Inscrição para a primeira etapa do Campeonato Brasileiro de Triathlon na Distância Standard  de 2012.

Beatriz Neres – SP - Uma passagem aérea para a primeira etapa do Campeonato Brasileiro de Triathlon na Distância Standard  de 2012.

Tatiana Batista Costa – RJ - Subsídio de 50% no valor de uma passagem de avião para a primeira etapa do Campeonato Brasileiro de Triathlon na Distância Standard de 2012.

Nicole Matos – SP - Inscrição para a primeira etapa do Campeonato Brasileiro de Triathlon na Distância Standard de 2012.

Extra para o melhor paulista SUB23:

Fader Luiz Muller Hidalgo – SP - Uma passagem de avião para a primeira etapa do Campeonato Brasileiro de Triathlon na Distância Standard de 2012.

Categorias de Idade

Inscrição para a primeira etapa do Campeonato Brasileiro de Triathlon na Distância Standard de 2012, o melhor atleta paulista federado no pódio, em cada categoria.

Feminino

Mirian Epstejn

Simone Maria Arruda

Rita De Cassia Sversut Appezzato

Sonia Menezes Franco Dos Santos

Masculino

Fernando Toldi

Leandro Gustavo Goulart Zani

José Rodrigues dos Santos

Marcelo Monteiro de Moraes

Hee Chul Oh

José Sérgio Prudente De Oliveira Filho

Luiz Alberto Fermino

Luis Carlos Ramos Martins

Edison Tadayuki Ishibashi

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Neymar, a nova estrela da publicidade

Foto: Divulgação

O craque entrará na lista dos 10 jogadores mais bem pagos do mundo

No auge de sua carreira profissional, o craque dos Santos F.C. Neymar Júnior, além de possuir um grande potencial para faturar com sua habilidade extraordinária no futebol, agora também é destaque no meio publicitário. A partir de 2012, Neymar será promovido a embaixador internacional da Panasonic que utilizará sua imagem em campanhas para países de toda a América Latina.

A informação foi publicada na edição desta segunda-feira 14 do jornal Brasil Econômico, que cita a Ambev, outra patrocinadora do atacante, dentre as marcas que também podem vir a aproveitar o sucesso global de Neymar para transformá-lo em garoto-propaganda para campanhas fora do País.

Após renovar seu contrato com o Santos F.C ele garantiu que fica no País até a Copa do Mundo de 2014, quando se tornará dono de 100% de seus direitos econômicos e federativos e poderá deixar o clube sem o pagamento de qualquer quantia compensatória.

O craque poderá dobrar seus rendimentos mensais para até R$ 3 milhões, já que o Santos abriu mão dos 30% a que tinha direito nas receitas geradas a partir da imagem do craque e, desta forma, a quantia colocará o jogador na lista dos 10 jogadores mais bem pagos do mundo. 

Fonte: Revista Meio e Mensagem

RUI OLIVEIRA REALIZARÁ CURSO DE SCOUTING NO FUTEBOL PELA PRIMEIRA VEZ NO BRASIL

Nos dias 8, 9 e 10 de dezembro, a J.Cocco Sportainment Strategy e a empresa portuguesa QUEST – Soluções para o Desporto realizarão, pela primeira vez no Brasil, o curso de Formação Específica de Elite Scouting no Futebol, ministrado pelo consultor Rui Gomes de Oliveira.

As aulas do consultor do “Benfica Stars Fund”, que desde o início de sua carreira esteve ligado a grandes clubes de futebol como o Sport Lisboa e Benfica, abordarão desde o funcionamento de um departamento de Scouting até o desenvolvimento da capacidade para detectar novos talentos no esporte.

A QUEST, líder de mercado em Portugal na promoção de formações de alto nível, produziu o curso pioneiramente na Europa, no qual reuniu diversos representantes dos principais clubes portugueses e formou mais de 500 especialistas no ramo.

O curso tem como público alvo os scouts, agentes, olheiros, treinadores, coordenadores de Departamento de Formação de Futebol de Clubes e todos aqueles que desenvolvem atividade neste setor.

Serviço

Formação Específica de Elite Scouting no Futebol

Dias 8, 9 e 10 de dezembro de 2011 – das 9h às 18 horas

Auditório da J.Cocco Sportainment Strategy

R.: Geraldo Flausino Gomes, 61 - 2o. andar

Ganhadores recebem troféus na solenidade do 24º Marketing Best

Na última quinta-feira (1) foi realizada a solenidade mais invejada do ano para a entrega dos troféus aos vencedores do 24º Marketing Best, no HSBC Brasil.

Promovido pela Editora Referência e pela Madia Mundo Marketing, o evento contou a participação de 1.800 convidados e premiou 19 empresas, entre elas, a Ultragás, SBT, Mercedes-Benz e Lew’Lara\TBWA, Santos Futebol Clube e Caixa Economica FederaL.

O júri de 2011 foi composto por José Estevão Cocco, presidente da J.Cocco Comunicação Integrada de Marketing e membro da ABM; Jomar Pereira da Silva, jornalista e presidente da Alap (Associação Latino Americana de Agências de Publicidade); Francisco Alberto Madia de Souza, presidente do MadiaMundoMarketing e da ABM (Academia Brasileira de Marketing; e Elcio Anibal de Lucca, presidente da Luccra - Lucro com Responsabilidade e membro da ABM. O júri foi presidido por João de Simoni Soderini Ferracciú, presidente do Grupo de Simoni e membro da ABM.

Segundo Francisco Madia de Souza, diretor-presidente da Madia Mundo Marketing, a criação doMarketing Best aperfeiçoou o estudo do marketing no Brasil e permitu a utilização de seu próprio material de apoio. “Antes da existência do Marketing Best, os alunos brasileiros de marketingestudavam cases do exterior, e desde 1988, quando o prêmio foi lançado, eles têm acesso aos trabalhos produzidos no país em um marketing sério, ético e moderno”.

O evento foi encerrado com a apresentação da banda Blitz comandada por Evandro Mesquita.

Fonte: Jornal Propmark e www.marketingbest.com.br

Marketing: o verdadeiro vencedor do campeonato brasileiro

Foto: Divulgação

Com cifras milionárias e recordes em patrocínios, o esporte se tornou o "queridinho" de marcas e empresas para veicular sua imagem

Por Fábio Bandeira de Mello, www.administradores.com.br

Dia 4 de dezembro. Dois times entram em campo com chances reais de conquistar o Brasileirão 2011. A promessa é de jogos cheios de emoção. A final, para levar o título, Corinthians e Vasco da Gama enfrentam seus principais rivais.

E não foi diferente, as torcidas se agitaram ao longo da semana, as provocações entre torcedores não pararam e, durante os 90 minutos das partidas, a emoção frequentou de forma intensa as arquibancadas, bares e a casa de milhares de pessoas. Com o apito final, o Corinthians consagrou-se o campeão brasileiro 2011, após somar 71 pontos em 38 partidas.

No entanto, tem muita gente além da torcida do Corinthians comemorando o Brasileirão. Esse ano, o vencedor antecipado para todos os envolvidos com o esporte foi o Marketing. Nunca houve tanto investimento e arrecadação por empresas e marcas nesse segmento e a tendência é melhorar ainda mais.

A receita com patrocínio no futebol brasileiro deve atingir o patamar de 790 milhões de reais em 2014, segundo projeções da Crowe Horwath RCS, consultoria em gestão esportiva. Em um cenário mais otimista, a consultoria afirma que o faturamento pode ultrapassar a margem de um bilhão de reais dentro de quatro anos.

Inclusive, o tamanho de um clube de futebol não é necessariamente avaliado apenas pelo número de títulos conquistados, mas também pelo prestígio e alcance de sua marca. E nesse quesito, o Corinthians também ganha o título de clube com a marca mais valiosa do Brasil em 2011, de acordo com estudo da BDO RCS. Veja no gráfico abaixo (clique no play para ampliar os números): 

Outros esportes

Mas engana-se quem considera o futebol como a única plataforma de bons negócios no esporte. Várias modalidades estão chamando cada vez mais a atenção de torcedores e, consequentemente, das empresas que querem associar seu nome a elas. Além dos tradicionais esportes como voleibol, basquete e natação, as lutas de MMA, por exemplo, tem registrados picos consideráveis de audiência, principalmente, com a boa participação dos lutadores brasileiros. E isso, tem gerado patrocínios milionários e retornos consideráveis para empresas.

Há, ainda, a Copa 2014 e as Olimpíadas 2016, ambas com sede no Brasil, que também prometem esquentar ainda mais o mercado. Além da construção civil e do turismo - que injetarão recursos de US$ 200 bilhões – existem outras áreas com grandes oportunidades de crescimento e, com isso, o marketing voltado para o esporte deve alavancar consideravelmente.

Para José Estevão Cocco, diretor-presidente da J.Cocco Sportainment Strategy e da Academia Brasileira de Marketing Esportivo, existirá uma ampla oportunidade de negócios e milhares de oportunidades para micro, pequenas, médias e grandes empresas. "Num trabalho recente, o SEBRAE identificou mais de 800 oportunidades para as pequenas e médias empresas. A mídia terá, e já está tendo, um acréscimo brutal em suas receitas de patrocínios e veiculação de comerciais", ressalta José Estevão.

Aliás, a gestão comercial das marcas e o segmento esportivo nunca estiveram tão próximos. De um tempo para cá, criou-se um ciclo, em que uma alimenta a outra, por meio do aproveitamento das oportunidades geradas por ambas.

Lidando com o torcedor consumidor

Clubes e times estão deixando de ver seu público apenas como torcedores para enxergarem como clientes. O resultado disso é a evolução do marketing esportivo

Por Fábio Bandeira de Mello, http://www.administradores.com.br/

Depois que você ler essa matéria, entre no site oficial de três times de futebol (fique a vontade para escolher). Lá, com certeza, terá um link com opções de compras dos produtos licenciados dos clubes. São camisas, bonés, chaveiros, casacos, canecas, bolas e – pode ter certeza - muito mais.

Esses produtos representam apenas a ponta do iceberg do quanto o mundo esportivo é lucrativo. Há também venda de ingressos nos estádios, cotas de televisão e, claro, os patrocínios. Muitas empresas têm apostado nesse mercado buscando uma identidade pessoal entre seu público-alvo e marca, ligando-se não apenas de forma comercial aos seus clientes, mas também de forma afetiva.

De acordo com Melissa Johnson Morgan e Jane Summers, no livro "Marketing Esportivo",essa conexão das marcas e do esporte facilita a aproximação com os torcedores. "O esporte está diretamente ligado com o momento de lazer de seus torcedores e proporciona uma infinidade de emoções que vão desde o amor intenso até o ódio. Essa ligação emocional entre o torcedor e o time abre caminho para uma grande oportunidade quando se analisa a promoção de um produto, pois durante esse momento de lazer, o torcedor se torna mais receptivo as mensagens transmitidas, levando com que o torcedor - até mesmo de forma inconsciente - faça ligação entre as emoções prazerosas do jogo, as marcas e produtos", explicam.

Uma pesquisa realizada no Reino Unido sobre a eficácia do marketing esportivo mostra que o patrocínio pode ter ainda mais impacto entre os jovens de 15 a 24 anos. Quarenta por cento dessa faixa etária indicou que se sentem mais confiantes em consumir produtos de marcas que patrocinam eventos esportivos como Olimpíadas e Copa do Mundo.

Camisas milionárias
Um dos caminhos do mercado da bola mais frequente encontrado pelas marcas são estampar nos uniformes dos times. E hoje, não é difícil encontrar camisas de alguns clubes que se assemelham aos "classificados" de um jornal, devido ao grande número de propagandas.

José Estevão Cocco, diretor-presidente da J.Cocco Sportainment Strategy e da Academia Brasileira de Marketing Esportivo, acredita que isso não se trata de uma tendência, mas uma necessidade atual. "Dificilmente os clubes têm encontrado patrocinadores com verba suficiente para investir com exclusividade e como marca única nos uniformes. Essa postura pode ser revertida de acordo com o ciclo de mercado. Não entendo que seja ruim. O automobilismo sempre teve essa atitude, com diversas marcas estampadas nos carros, macacões, bonés, capacetes", explica José Estevão.

O futebol brasileiro, inclusive, é o terceiro que mais arrecada com patrocínios em camisas no mundo. De acordo com levantamento da Sport+Markt, consultora alemã do mercado esportivo, o lucro total dos clubes brasileiros em 2010 foi de 104,6 milhões de euros, arrecadação somente menor que a dos times ingleses (128 milhões de euros) e alemães (118 milhões de euros).

Os talentos fazem a diferença

Basta o Neymar ou Ronaldinho entrarem em campo e começa aquele frisson. Seja na seleção ou em seus clubes, os dois atletas - considerados por muitos como as grandes estrelas atuantes do futebol brasileiro - arrastam multidões aos estádios, ajudam seus times a conquistar resultados, atraem mais patrocinadores e, consequentemente, geram receitas.

"A presença de craques e jogadores talentosos é fundamental. Eles é que agregam atração da mídia gerando noticiário e visibilidade para o clube e patrocinadores. Aumentam consideravelmente o valor de uma disputa de jogo em espetáculo capaz de atrair torcedores em maior número e frequência", relata José Estevão.

Para você ter ideia, somente o Neymar possui nove patrocínios - sendo eles: Nike, Red Bull, Panasonic, Tenys Pé Baruel, Ambev, Lupo, Santander, Unilever e Claro. E as razões do interesse de tantas empresas parecem óbvio: associação à promessa. "Além de ser considerado o símbolo da sua geração, o Neymar tem identificação com o segmento que está a cada dia mais conectado e usa as redes sociais para se comunicar, especialmente com smartphones e tablets", disse o diretor de marketing da Claro, Erik Fernandes logo após a empresa fechar contrato com o jogador. A operadora assinou com o craque até 2016.

Razões para o marketing esportivo

Hoje, é quase inquestionável: o esporte é um dos fenômenos de entretenimento e de negócios mais eficientes em todo o mundo. Ele é um elemento de união entre as nações e move milhares de pessoas aos estádios, torneios e competições. Em nosso país, a paixão pelo esporte está no DNA do brasileiro, elevando ainda mais o seu potencial.

Por isso, a utilização de planos estratégicos de comunicação e de marketing nesse segmento são cada vez mais utilizadas por empresas, marcas e produtos. Aqueles que passam a ver os torcedores como consumidores em potencial abrem um leque de oportunidades imenso – e que tende a crescer ainda mais.

Entre as três razões para o investimento no marketing esportivo mais comum estão:

1° - Imagem: traz valor, divulgação e até rejuvenescimento à marca ou produto.
2° - Esporte como mídia: é uma mídia alternativa. O esporte tem espaço em qualquer tipo de mídia. Alcança determinados públicos e mercados diferentes.
3° - Comunicação alternativa: a logomarca é exposta nos bonés e uniformes dos desportistas, nas placas, cartazes e outros tipos de publicidade estática presentes nos espaços destinados ao evento esportivo (ginásio, estádio, arena etc.) e via diferentes tipos de merchandising, particulares ao esporte em questão.