terça-feira, 16 de novembro de 2010

Investimentos em TIC devem chegar a R$ 5,7 bilhões até 2016, diz estudo

Diego Salgado – Portal 2014

Os investimentos para a realização da Copa do Mundo e da Olimpíada devem atingir cerca de R$ 57 bilhões, sendo que somente a área de TIC (Tecnologias da Informação e Comunicação) deve responder por 10% do total, ou R$ 5,7 bilhões. É o que mostra um estudo encomendado pela Associação Brasileira de Empresas de TIC (Brasscom).

De acordo com o levantamento, o Mundial vai gerar R$ 33,1 bilhões em investimentos e os Jogos Olímpicos R$ 24,5 bilhões. Os valores correspondem à infraestrutura (estádios, mobilidade urbana, aeroportos e portos) das cidades-sede e aos gastos com a melhoria dos serviços (TIC, energia, hotelaria, saúde e segurança).

O investimento de R$ 5,7 bilhões está relacionado com as exigências da Fifa em relação à infraestrutura de TIC. As demandas são atribuídas ao governo local e aos parceiros da Fifa. De acordo com o estudo, a entidade exige, por exemplo, redes entre todos os locais, suporte a dados e áudio, além de serviços de voz, vídeo, streaming (trasmissão de informação multimídia) e gestão dos sistemas e suporte.

Os parceiros da Fifa, responsáveis pela fase final da transmissão, dão a garantia aos sistemas de gestão de jogos (informações sobre o evento) e ao sistema de suporte.

O documento mostra a diferença de planejamento dos serviços e da infraestrutura dos dois eventos. No caso do Mundial, existe uma exigência maior em relação à transmissão de imagens, por conta do número de cidades-sede. Em contrapartida, a transmissão olímpica se torna complexa pois há vários eventos simultâneos.

Deslocamentos

Segundo o estudo, são esperados 3,7 milhões de turistas, sendo 600 mil estrangeiros. Os gastos com a mobilidade urbana, portos e aeroportos devem chegar a R$ 17 bilhões para a Copa do Mundo e a R$ 11,8 bilhões (R$ 9,6 bilhões só no transporte urbano carioca). Na Olimpíada, o desafio será organizar os deslocamentos em um local com espaço físico mais restrito.

A Copa do Mundo, por ser disputada em 12 cidades, necessita, por exemplo, de uma logística intermodal mais complexa. No Brasil, apenas três cidades estão a menos de 500 km de São Paulo. Em 2010, na África do Sul, sete das nove sedes estavam a menos de 500 km de Johanesburgo. Em 2006, todas as cidades alemãs estavam a menos de 300 km de Frankfurt.

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Fifa TV começa a funcionar no Rio a partir de 2011

Divisão cuidará da produção e dos direitos de mídia pela transmissão dos jogos da Copa no Brasil

Regina Rocha – Portal 2014

A partir de 2011, o escritório da Fifa no Rio de Janeiro contará com a divisão "Fifa TV", que será dirigida pelo advogado Sven Schaeffner, há quatro anos responsável da entidade pelos serviços, na Copa do Mundo, de televisão e mídia em geral --rádio, internet, 3D, celular e outras plataformas.

Nesta terça-feira (9), Schaeffner esteve em São Paulo para falar sobre um tema de importância crescente: a transmissão televisiva, produção e gerenciamento dos direitos de mídia, de megaeventos esportivos como a Copa. Na sua palestra, que integrou a série "Brasil 2014 - Campo de Ideias", organizada pela CPFL e Faap, o profissional elencou os vários aspectos de uma produção da mídia global, como a produção do sinal e as exigências de infraestrutura e organização para este tipo de evento.

"Para cada pessoa presente no estádio, são 10 mil torcedores assistindo ao jogo pela tevê", foi como iniciou sua fala. Disse ainda que, para responder às demandas aí geradas, "a própria Fifa vem produzindo e comercializa mais de 95% do material que se vê nas telas de todo o mundo durante o campeonato."

Host Broadcasting Service

A estrutura de produção da Fifa TV, bastante complexa, compreende diversos departamentos, como o Host Broadcasting Service (HBS), que produz o sinal de transmissão via satélite, além de cuidar de outras produções pré-evento, como gráficos, programas de reportagem, e feeds (inserções rápidas em meio às transmissões). Os gráficos e tabelas, por exemplo, têm uma apresentação visual própria, que serve para padronizar a linguagem das emissoras que irradiam os jogos da Copa. O departamento HBS também é responsável por promover os contratos de direitos de transmissão com as emissoras, e até por organizar a produção das Fan Fests.

É também a área que desenvolve, em cada país-sede do evento, o International Broadcasting Centre (IBC). Esta instalação, fundamental ao planejamento da Copa, opera 24 horas, recebendo o sinal do estádio onde está acontecendo os jogos. É nesse local que ficam as emissoras de diversos países, que podem montar ali seus estúdios. É "o cérebro das operações globais", resume Schaeffner.

Na África do Sul, durante a Copa de 2010, o IBC ocupou um espaço de 30 mil m², onde cerca de três mil pessoas, de 106 emissoras, mantiveram suas bases de transmissão. No Brasil, ainda não foi definido onde será instalado o IBC, mas, segundo o executivo da Fifa, esta questão está sendo resolvida, e poderá ser Rio, São Paulo ou Brasília, ou, em cidades com boas condições de acolhida, com hospedagem, disponibilidade de redes de telecomunicação, acessibilidade para outras sedes, entre outros fatores.

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