segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

As Marketing Companies e as Confederações Esportivas

José Estevão Cocco

Várias, modernas e grandes empresas são consideradas Marketing Companies em razão de serem orientadas para e pelo marketing ou por não terem plantas industriais.
Esse tipo de empresa/negócio se preocupa exclusivamente com o marketing.
Estuda o mercado, detecta tendências, elabora produtos, divulga os produtos utilizando todas as ferramentas do marketing, conhece seus consumidores, mantém relacionamento com eles...
Só não fabrica os produtos que cria e desenvolve. Contrata empresas que só fazem a produção.
Acho, até por ser um profissional do marketing, que é um modelo extremamente inteligente, moderno, de acordo com os tempos atuais e altamente compensador.
Dessa forma a Marketing Company concentra seus esforços inteiramente voltados ao mercado e conta sempre com empresas tecnologicamente avançadas para industrialização dos produtos.
Um grande exemplo é a NIKE. Outros exemplos são as grifes de moda, além de muitos outros.
Mesmo também industrializando suas linhas de produtos, as empresas podem ser orientadas para e pelo marketing.
Nesse caso, precisam ter um marketing forte. Todas as empresas em que o Presidente ou o CEO são voltados para o marketing elas se dão bem melhor no mercado.
O rumo do mercado é detectado pelo marketing e por este orientado. A agregação de valores aos produtos também.
Faço essa entrada para chegar às Confederações Esportivas. Quando seus dirigentes, principalmente os presidentes, conhecem o marketing, suas Confederações obtém mais sucesso. Dentro e fora das pistas, dos campos, dos ginásios, dos tatames.
Um marketing forte dentro de uma Confederação Esportiva orienta todos os passos referentes ao desenvolvimento do "produto" da entidade que é a modalidade esportiva que ela representa. Como fazer esse produto chegar ao mercado de competições ou de patrocínios ou de investimentos bem desenvolvido, bem embalado e provocando desejos de experimentação tanto do consumidor quanto da mídia e, consequentemente, dos investidores e patrocinadores.
Quem deve trabalhar para construir e solidificar a imagem de ídolos, da modalidade e da Confederação é o marketing. Pensar em marketing unicamente como vendedor de patrocínios é o maior problema dos menos chegados ao marketing.
É famoso o exemplo de dirigentes ou comitês de apoio que apresentam planos mirabolantes e, quando indagados sobre o financiamento do projeto, invariavelmente respondem: "o marketing que se vire...". Após o fracasso do projeto continuam responsabilizando o marketing pela incapacidade de venda.
Portanto, a conclusão que se chega é que o marketing precisa liderar a empresa ou instituição que precisa do mercado para sobreviver e se desenvolver. A imagem de credibilidade, de eficiência, de bons produtos se faz com um marketing eficiente. Dentro dos mais modernos modelos de governança e gestão.
Já há vários anos, ministramos cursos e seminários gratuitos de marketing e sportainmente para ex-atletas. Os ex-atletas, principalmente os que se tornaram ídolos, abrem muitas portas, mas diante dos interlocutores, não conseguem "vender" patrocínios ou investimentos simplesmente porque não têm a mesma linguagem que o mercado conhece e pratica.
Estamos presenciando um fato novo no esporte brasileiro: o Rugby. A sua Confederação – CBRu – está brindando o mercado e deverá servir de benchmark para outras Confederações Esportivas e instituições.
A propaganda e comunicação do Rugby reflete toda a qualidade da gestão e governança modernas e eficientes. Com certeza, seus dirigentes são profissionais que se cercam de outros profissionais.
Finalizando, faço um apelo às Federações e Confederações Esportivas que adotem em suas entidades o modelo de orientação e desenvolvimento pele marketing.
Assim agindo, estarão contemplando as necessidades vitais de bons atletas, de massificação da modalidade, de receita financeira compatível, de ter ídolos que atraem mídia e patrocínio.

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