José Estevão Cocco
Várias, modernas e grandes empresas são consideradas
Marketing Companies em razão de serem orientadas para e
pelo marketing ou por não terem plantas industriais.
Esse tipo de empresa/negócio se preocupa exclusivamente
com o marketing.
Estuda o mercado, detecta tendências, elabora produtos,
divulga os produtos utilizando todas as ferramentas do
marketing, conhece seus consumidores, mantém
relacionamento com eles...
Só não fabrica os produtos que cria e desenvolve.
Contrata empresas que só fazem a produção.
Acho, até por ser um profissional do marketing, que é um
modelo extremamente inteligente, moderno, de acordo com os
tempos atuais e altamente compensador.
Dessa forma a Marketing Company concentra seus esforços
inteiramente voltados ao mercado e conta sempre com
empresas tecnologicamente avançadas para industrialização
dos produtos.
Um grande exemplo é a NIKE. Outros exemplos são as grifes
de moda, além de muitos outros.
Mesmo também industrializando suas linhas de produtos, as
empresas podem ser orientadas para e pelo marketing.
Nesse caso, precisam ter um marketing forte. Todas as
empresas em que o Presidente ou o CEO são voltados para o
marketing elas se dão bem melhor no mercado.
O rumo do mercado é detectado pelo marketing e por este
orientado. A agregação de valores aos produtos também.
Faço essa entrada para chegar às Confederações
Esportivas. Quando seus dirigentes, principalmente os
presidentes, conhecem o marketing, suas Confederações
obtém mais sucesso. Dentro e fora das pistas, dos campos,
dos ginásios, dos tatames.
Um marketing forte dentro de uma Confederação Esportiva
orienta todos os passos referentes ao desenvolvimento do
"produto" da entidade que é a modalidade esportiva que ela
representa. Como fazer esse produto chegar ao mercado de
competições ou de patrocínios ou de investimentos bem
desenvolvido, bem embalado e provocando desejos de
experimentação tanto do consumidor quanto da mídia e,
consequentemente, dos investidores e patrocinadores.
Quem deve trabalhar para construir e solidificar a imagem
de ídolos, da modalidade e da Confederação é o marketing.
Pensar em marketing unicamente como vendedor de
patrocínios é o maior problema dos menos chegados ao
marketing.
É famoso o exemplo de dirigentes ou comitês de apoio que
apresentam planos mirabolantes e, quando indagados sobre o
financiamento do projeto, invariavelmente respondem: "o
marketing que se vire...". Após o fracasso do projeto
continuam responsabilizando o marketing pela incapacidade
de venda.
Portanto, a conclusão que se chega é que o marketing
precisa liderar a empresa ou instituição que precisa do
mercado para sobreviver e se desenvolver. A imagem de
credibilidade, de eficiência, de bons produtos se faz com
um marketing eficiente. Dentro dos mais modernos modelos
de governança e gestão.
Já há vários anos, ministramos cursos e seminários
gratuitos de marketing e sportainmente para ex-atletas. Os
ex-atletas, principalmente os que se tornaram ídolos,
abrem muitas portas, mas diante dos interlocutores, não
conseguem "vender" patrocínios ou investimentos
simplesmente porque não têm a mesma linguagem que o
mercado conhece e pratica.
Estamos presenciando um fato novo no esporte brasileiro:
o Rugby. A sua Confederação – CBRu – está brindando o
mercado e deverá servir de benchmark para outras
Confederações Esportivas e instituições.
A propaganda e comunicação do Rugby reflete toda a
qualidade da gestão e governança modernas e eficientes.
Com certeza, seus dirigentes são profissionais que se
cercam de outros profissionais.
Finalizando, faço um apelo às Federações e Confederações
Esportivas que adotem em suas entidades o modelo de
orientação e desenvolvimento pele marketing.
Assim agindo, estarão contemplando as necessidades vitais
de bons atletas, de massificação da modalidade, de receita
financeira compatível, de ter ídolos que atraem mídia e
patrocínio.
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