Por José Estevão Cocco
A última corrida da Fórmula 1, disputada na Alemanha, provocou uma onda de críticas quase unânime. De toda a mídia e de torcedores.
Podemos entender que a obrigatoriedade de permitir a ultrapassagem pelo companheiro da equipe é legal, imoral ou as duas opções?
Em primeiro lugar, as regras da corrida prevêem dois rankings paralelos e simultâneos, um para os pilotos individualmente e outro para a escuderia ou equipe.
Como todo poder de cada equipe é próprio, é lógico que o ranking dela vem em primeiro lugar. Os pilotos trabalham para a equipe e não para eles próprios. Quem sustenta os pilotos é a escuderia, que arca com todos os riscos do empreendimento. Portanto, a escuderia tem todo o direito de escalar qual piloto vai ganhar ou não. Certo? Errado!
Pelo foco do marketing e do próprio esporte, a imprevisibilidade do resultado é que faz com que milhões e milhões de torcedores vibrem ao assistir a espetáculos esportivos. Essa é a mágica da paixão pelo esporte. Essa é a razão da preferência das transmissões diretas e ao vivo. Assistir um espetáculo esportivo já sabendo o resultado não tem graça. A não ser para uma análise mais acurada das performances.
A partir desta última corrida, ninguém vai mais torcer pelo Felipe Massa. Ele não vai ganhar mesmo! Para que correr? E como ficam os patrocinadores do Massa, que já têm certeza de que ele, dificilmente, ganhará alguma corrida até o final da temporada? E as transmissões para o Brasil com uma Fórmula 1 com o principal corredor do país alijado de uma possível vitória.
Os regulamentos de praticamente todos os esportes procuram, a cada temporada, equalizar as forças dos competidores para que haja competitividade nos jogos, provas e corridas. Também na Fórmula 1.
A fabricação de resultados, sob qualquer argumento, não é inteligente a curto, médio ou longo prazos.
Como está a imagem da Ferrari, no momento, aqui no Brasil e no resto do mundo? Sob o foco do marketing, vale a pena conseguir um campeonato artificialmente? Que valor tem essa conquista?
Entendemos que são muito mais importantes as vitórias legítimas nas pistas do que um campeonato invalidado pela dita esperteza.
Os times de futebol e outros esportes que fabricam resultados são severamente punidos pelas respectivas confederações. A punição na Fórmula 1 é muito branda e encoraja a repetição do engodo e desrespeito para com os torcedores.
No nosso Rank Sport Marketing, o automobilismo tem uma posição invejável. Mas, se a Fórmula 1 continuar trabalhando contra o automobilismo, com certeza, vai se perder totalmente a credibilidade que é fundamental para manter um esporte, seus seguidores, a mídia e, principalmente, seus patrocinadores.
Nenhuma marca pode ser relacionada com atleta, equipe, escuderia, Federação, Confederação, o que quer que seja, e sair com o mesmo conceito de fajutice. De marca não confiável.
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