quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Rio 2016 busca bloqueio a "marketing de emboscada"

Espaços de mídia exterior no Rio já foram adquiridos pelo Comitê, gastos na época do evento serão de US$ 17 milhões. Organizadores das Olimpíadas iniciam cruzada contra ações ilegais.

Por Erica Ribeiro – m&m online

O diretor-geral do Comitê Rio 2106, Leonardo Gryner, afirmou nesta terça-feira, 9, que todos os espaços de mídia exterior do Rio de Janeiro, como outdoors, busdoors e mobiliário urbano já foram adquiridos por 90 dias - antes, durante e depois dos Jogos Olímpicos.

Pelas projeções do comitê, o valor da compra destes espaços no ano de 2016 será de US$ 17 milhões. Além do Rio, as cidades que vão sediar jogos de futebol durante as Olimpíadas também tiveram os espaços de mídia exterior comprados nas áreas do entorno e vias de acesso - Brasilia, Belo Horizonte e Salvador.

Da mesma forma que a marca oficial dos jogos é mantida em sigilo absoluto, o mesmo empenho vem sendo feito para evitar o marketing de emboscada. "Um verdadeiro "exército" de profissionais voltados para proteção de marca já trabalha na cidade", afirmou Gryner.

Ele disse, ainda, que as confederações de esportes brasileiras assinaram documento se comprometendo a não fazer campanhas que utilizassem esse tipo de ação. Quanto ao risco de pirataria, o executivo comentou que ações de repressão serão feitas. "Não vamos atrás do camelô, mas sim dos centros de distribuição. Além disso, as fronteiras serão fiscalizadas também".

Quanto ao plano comercial, Gryner afirmou que o Comitê Olimpico Internacional deverá comercializar 12 das 20 categorias previstas para serem patrocinadoras do evento. Até o momento, Coca-Cola, Visa, Omega, Panasonic (em áudio e vídeo), Samsung (comunicação sem fio), Dow Chemical e P&G são as patrocinadoras globais. Estes patrocinadores já poderão fazer ativações de suas marcas no Brasil a partir do primeiro minuto de janeiro de 2011. Assim como os patrocinadores locais, se já tiverem sido fechados.

"GE, McDonald's e Acer vão patrocinar Londres e têm direito de se associar a nós em 2016. Mas isso ainda não foi fechado. Fechando estas categorias, as demais, teoricamente, estão abertas para buscarmos patrocinadores domésticos", acrescentou.

No momento, segundo Gryner, o COI já avalizou a negociação na área de serviços financeiros e bancos. Ele destacou que as propostas devem ser apresentadas até o dia 19 deste mês e que não há uma data prevista para o anúncio do vencedor, mas que os grandes bancos nacionais demonstraram interesse. A exigência para participar é de que a instituição financeira tenha 800 agências no país e ativos de R$ 100 bilhões.

A próxima categoria que entra na disputa para patrocinar os jogos de 2016 é a de Telecomunicações. Gryner não detalhou quais serão as exigências. A estimativa é de que os patrocínios locais gerem US$ 570 milhões. Mas este valor já deverá ser refeito, uma vez que na época de detalhamento do plano de patrocínio, o ano de 2008, o cenário econômico era diferente e de incertezas geradas pela crise econômica mundial.

O custo total dos jogos no Brasil será de US$ 2,8 bilhões, sendo US$ 1 bilhão de patrocínios globais, via COI, US$ 700 milhões de aportes governamentais, US$ 570 milhões, a princípio, com patrocínio local, além das receitas com a venda de ingressos, licenciamentos e cotas para TV.

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