Nem as passagens polêmicas de sua vida pessoal afetaram a imagem vitoriosa do atleta. Mesmo sem gastar com publicidade, a imagem do Pelé é comparável a outras marcas que fazem grandes investimentos, como Apple, Microsoft e Coca Cola.
Fonte: veja.com
Pelé marcou 1283 gols em 1375 partidas, disputadas ao longo de sua carreira. Sua última partida oficial no Brasil ocorreu em 1974. Em seguida, o atleta atuou até 1977 no Cosmos, de Nova York. Foi o único a vencer, como jogador, três Copas do Mundo – as edições disputadas na Suécia, no Chile e no México.
Para os fãs de futebol, Pelé é o melhor jogador de futebol de todos os tempos. Quem atua no marketing esportivo enxerga o camisa 10 da seleção brasileira na Copa de 1970 sob outro prisma: ele é o melhor exemplo de atleta que soube preservar sua imagem para lucrar com publicidade.
Aos 70 anos, 33 anos após encerrar a carreira, seu rosto continua sendo procurado para vender os mais diferentes produtos, de lojas de móveis a motos (clique aqui para ver algumas campanhas em que Pelé participou). O prestígio é internacional. O brasileiro já estrelou campanhas nos Estados Unidos, no Japão e na Europa.
Uma consultoria americana avaliou a marca Pelé em 500 milhões de reais. “Mesmo sem gastar com publicidade, a imagem do Pelé é comparável a outras marcas que fazem grandes investimentos, como Apple, Microsoft e Coca Cola”, diz Eduardo Morato, presidente da empresa especializada em mercado de futebol Off Field.
Pelé já esteve envolvido com política, teve filhos fora do casamento e familiares envolvidos com droga. Nenhuma dessas passagens polêmicas afetou a valorização de seu potencial publicitário. Para o especialista, a marca com o seu nome ou imagem pode ficar ainda mais representativa. “Pelé vai ser uma marca tão forte como Beatles é hoje. Muita gente não os viu tocar, mas usam camisas com suas fotos. São imagens que se tornaram mitológicas”, afirma Morato.
A soma de suas atitudes durante e após a carreira foi preponderante na valorização. Ao contrário de seu arquirrival no posto de melhor do mundo, o argentino Diego Maradona, Pelé jamais consumiu drogas e procurou manter uma vida afetiva discreta. “Ele sempre foi um exemplo fora de campo”, avalia José Carlos Kanner, presidente da Prime, empresa responsável pela marca Pelé.
Mesmo atitudes demagogas, como o de oferecer seu milésimo gol às ‘criancinhas pobres e desamparadas do Brasil', renderam pontos positivos na lembrança do público. “Pelé é visto como o atleta mais vitorioso do futebol. E toda empresa que atrelar sua marca a uma pessoa vitoriosa. O Pelé sempre foi referência de sucesso”, explica Kanner
A construção da marca Pelé certamente foi facilitada pela maior privacidade que os jogadores tinham no período em que atuava nos gramados. Não havia internet nem torcedores com celulares com câmera nas baladas. Televisores eram exclusividade de pessoas com melhor renda – e as transmissões esportivas só passaram a ser ao vivo após a Copa de 1970. A Internet ainda era experimental. Risco zero de ele cometer o erro do atacante santista Neymar, que brincou com colegas no Twitter e, no dia seguinte, teve de se explicar para a imprensa. “Muitos jogadores hoje em dia desvalorizam sua marca fazendo coisas que destroem sua carreira”, aponta Kanner.
Ao contrário dos craques atuais, Pelé teve a sabedoria de escolher o momento de deixar os gramados. Deixou o Santos como maior ídolo do clube, decidiu não jogar mais pela seleção logo depois de ser tricampeão mundial e, no Cosmos, foi o precursor do futebol nos Estados Unidos. “Esse processo foi fundamental para o fortalecimento da marca”, diz Amir Sommoggi, diretor da área Esporte Total da Crowe Horwath RCS. “Pelé é um exemplo a ser seguido por jogadores que não conseguem cuidar de suas carreiras.”
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