terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Equipe feminina de futebol do Santos pode acabar por falta de patrocínio

O Santos anunciou a demissão das 41 jogadoras da equipe feminina de futebol por falta de patrocínio. Em 14 anos, o time ganhou uma Libertadores, três Campeonatos Paulistas e duas Copas do Brasil. Porém, com o grande desempenho das meninas existem três empresas interessadas em manter a equipe em campo.
 “Já apareceu uma empresa, que fez uma oferta ao Santos, na qual um dos negócios oferecidos fica em torno de R$ 500 mil em patrocínios para o time feminino”, afirmou Murilo Barletta, diretor de futebol feminino do Santos.

Título da Libertadores Conquistado em 2010
Foto: Julyana Travaglia

Em 2010, o Peixe gastou aproximadamente R$ 82 milhões com o time masculino, enquanto o orçamento da equipe feminina se mantém em torno de R$ 1,5 milhão por temporada. Nesse valor está incluído a estrutura de treinamento e o salário das 41 jogadoras, que recebem de R$ 300 a 6 mil por mês.
Para Andréia, um dos destaques da equipe alvinegra, o fim do time não prejudica apenas as "Sereias da Vila". “O Santos também tinha oito meninas da seleção brasileira. Tinha uma estrutura muito boa para que essas meninas treinassem. Então, agora, para onde essas meninas vão?”, indagou a atleta.
Aline (Zagueira) tem pensamento semelhante acredita que o problema central não é o time e sim a modalidade esportiva. “Se você for pegar a história das Sereias da Vila, nos últimos quatro anos, foi o time que mais cedeu jogadoras para a seleção brasileira, ao sub-17, sub-20 e equipe principal. Então, quando eu vi isso acontecendo pensei: O problema não é o Santos, mas sim a modalidade", disse a atleta.
Nesta terça-feira, o conselho deliberativo do clube vai se reunir com empresários para decidir o futuro da equipe feminina. As meninas fazem um apelo.
“Meu sonho principal é ver a modalidade enraizada, é poder parar de jogar daqui a três anos e trabalhar com o futebol feminino e ser treinadora. Eu sou formada, assim como muitas meninas têm condição de ajudar. Queria ter a certeza de que não vai acabar e que a gente vai ter uma condição digna de viver do futebol feminino no Brasil”, declarou Aline, emocionada.

Fonte: sportv.globo.com

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