A Jabulani já está rolando nos gramados da África do Sul. Se por um lado, até o momento deste post, a bola oficial da Copa do Mundo balançou poucas vezes a rede, por outro a FIFA já comemora um saldo mais que positivo em termos de faturamento, que deverá chegar, ao final de 2010, a US$ 4 bilhões, no período dos quatro anos em que foram negociados os direitos de televisão para mais de 400 emissoras de todo o mundo e as propriedades de patrocínio para um seleto time de marcas com ambições globais (confira o post anterior). Esses números fazem parte de um estudo sobre as finanças da Copa realizado pela consultoria Crowe Horwath RCS. De acordo com o documento, os números da FIFA superam, com folga, os cerca de US$ 2,8 bilhões faturados na Copa de 2006, realizada na Alemanha e considerada uma das mais bem-sucedidas sob o ponto de vista da organização.
As emissoras de televisão, segundo projeção desse mesmo estudo, terão audiência global acumulada estimada em 30 bilhões de telespectadores ao longo das 64 partidas, que serão transmitidas até 11 de julho, dia da grande final. Os números se aproximam dos 29 bilhões alcançados em 2002, quando todo o mundo ocidental teve que acompanhar a maior parte da primeira Copa na Ásia de madrugada, em casa e longe das aglomerações, atualmente oficializadas “Fan Fests”. Assim, um maior número de aparelhos de TV foram ligados, explicando em parte por que apenas 26 bilhões acompanharam a Copa da Alemanha, há quatro anos. Em 2002, o Brasil teve uma participação de 7% na audiência acumulada, ficando atrás apenas dos chineses, com 15%. Acredita-se que esse foi um dos nossos grandes trunfos para conquistar o direito à Copa 2014. Vale lembrar que os direitos de televisão correspondem a quase 75% do faturamento da FIFA.
No entanto, a organizadora da Copa do Mundo de Futebol não guardará para si todo o salto do faturamento do ciclo da Copa da África do Sul. A premiação às 32 seleções envolvidas na competição, que havia sido de US$ 261 milhões na Alemanha e US$ 154 milhões na Coreia e no Japão, em 2002, será de US$ 420 milhões. Cada seleção terá uma renda mínima de US$ 8 milhões, considerando as 16 que serão eliminadas na primeira fase; e uma bolada de US$ 30 milhões será destinada aos campeões. Os clubes que cederam os jogadores receberão US$ 40 milhões, uma vez que a FIFA atenderá, pela primeira vez na história das Copas, essa antiga reivindicação.
Os rendimentos da FIFA com a Copa do Mundo representam mais de 85% de toda a receita da entidade, que organiza, ainda, nove competições masculinas, como a Copa das Confederações e os mundiais Sub-17 e Sub-20; e outras quatro de futebol feminino, como a Copa do Mundo; além dos respectivos torneios olímpicos.
Fonte: Meio e Mensagem
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