Por José Estevão Cocco
Há cerca de cinco anos, quando a realização da Copa 2014 no Brasil não passava de uma candidatura junto à FIFA, tive a oportunidade de criar o projeto SP Arena Civic Center para a região central de São Paulo, onde persiste a “Cracolândia”. Embora tenha apresentado para diversas autoridades, inclusive para o secretário de esportes da cidade na época, o projeto não vingou, mas continua mais atual do que nunca, nesse momento em que os olhares do mundo se voltam para o país-sede dos megaeventos Copa 2014 e Olimpíadas 2016. Sou proprietário, inclusive, da marca registrada e do logotipo SP Arena, que tem, além da virtude de poder ser lida tanto em português como em inglês, a certeza de ser um excelente legado do Campeonato Mundial nos gramados brasileiros.
Mais do que a construção de um novo estádio, o SP Arena é um Centro Cívico no qual, além da arena multiuso, a população é contemplada com teatros, cinemas, cursos e tantas outras atividades esportivas, culturais e sociais. O objetivo é transformar a região num destino turístico que, com certeza, revitalizaria o centro, como já foi feito em diversas cidades ao redor do mundo. O SP Arena Civic Center, ao contrário de alguns projetos que começam a surgir, não estaria duplicando os grandes estádios já existentes na cidade. Tem a grande missão e virtude de sanar uma área com graves problemas sociais, otimizando toda a infraestrutura de logística já existente.
Por que o projeto SP Arena Civic Center permanece atual
Cinco anos se passaram e meus argumentos para defender o SP Arena continuam atuais. No Brasil, não existe nenhuma arena poliesportiva e de entretenimento nos cultuados moldes internacionais. A realização de eventos importantes é feita em estádios de futebol, com todas as suas inadequações, deficiências e desconfortos. Em São Paulo, a mais importante e influente cidade brasileira, não existe nenhum ginásio/arena de esportes à altura da cidade.
Em outros países, as modernas arenas são verdadeiros centros de convivência, negócio e entretenimento. As que pertencem ao setor privado, são economicamente viáveis e lucrativas, uma vez que são planejadas de acordo com a demanda. Suas atividades são diuturnas e permanentes (jogos, shows, convenções, gastronomia, cinemas, teatros, academias, etc.), gerando excelente retorno financeiro e de imagem para a região onde estão instaladas, criando hábito de frequência qualificada.
Não foi por acaso que, na época em que apresentei o SP Arena, muitas empresas manifestaram grande interesse pelo projeto. O novo centro de São Paulo se transformaria numa espetacular oportunidade para atrair investimentos privados. O novo e desejado destino turístico seria um local de excelência para o esporte, a cultura e a convivência. Enfim, um cartão-postal da cidade.
Um resgate da identidade local
Revitalizar os centros das cidades, envolvendo os mais diversos setores interessados, inclusive os agentes do mercado imobiliário, além de ser importante economicamente, é um instrumento de resgate da identidade da cultura local. Os projetos de recuperação e preservação dessas regiões, associados a processos de reestruturação urbana, têm sido uma constante no Brasil, principalmente, a partir do final da década de 80 e início da de 90.
A recuperação dos antigos centros, e o aproveitamento de toda a extraordinária infraestrutura já instalada e ociosa, é uma atitude inteligente, já que demanda muito menos investimentos do que a expansão para novas áreas. Esse movimento gera negócios e os agentes do mercado imobiliário estão totalmente envolvidos. A extraordinária, e duradoura, demanda do entretenimento, esporte, lazer, cultura e convivência, somada com a moderna concepção de arenas multiuso, aponta para uma excelente alternativa para a regeneração e revitalização de regiões degradadas em curtíssimo prazo.
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