terça-feira, 5 de junho de 2012

Copa do Mundo. A bola já está com o Brasil. Agora é pra valer.

José Estevão Cocco

Invariavelmente, quando se fala em Copa do Mundo de Futebol, todos se voltam para julho de 2014, período de realização dos jogos do maior evento internacional.

Mas, quem ainda não começou a pensar em aproveitar as oportunidades geradas pelo evento e, principalmente, pela expectativa gerada no mercado, está perdendo muito e precioso tempo. Especialmente, as pequenas e médias empresas, que poucas oportunidades terão durante o período dos jogos.

A Copa do Mundo no Brasil já começou desde o sorteio do país pela FIFA. Mesmo os grandes patrocinadores e empresas fornecedoras e licenciadas pela FIFA, apesar de terem toda a exclusividade e proteção de marca, já se movimentam para aproveitar o expressivo mercado gerado.

Durante os jogos, o período é extremamente curto para que quaisquer projetos ou ações sejam rentáveis. É preciso esticar esse período. As vendas de Natal, por exemplo, embora sejam anuais, começam bem antes do dia 25 de dezembro.

Assim precisa ser encarada a Copa. O mercado de marketing esportivo está crescendo substancialmente no período que antecede o Mundial. A infraestrutura necessária já está começando a ser construída. Aí, já existem inúmeras oportunidades também para as pequenas e médias empresas como cofornecedoras.

Embora não possa ser considerado o maior do mundo em termos financeiros e econômicos, o futebol brasileiro, pelos milhões de torcedores apaixonados, é de suma importância no país. Os clubes brasileiros vêm aumentando, ano a ano, suas receitas com patrocínios, licencing e outras ações mercadológicas. Aí, também, já se vislumbra mais uma grande oportunidade para pequenas e médias empresas terem produtos licenciados, por exemplo.
A área de Esporte Total da Crowe Horwath RCS publicou uma análise, segundo a qual o mercado brasileiro de clubes de futebol teve uma movimentação de cerca de R$ 800 milhões, em 2003, chegando a mais de  R$ 1,7 bilhão, em 2008. E prevê que poderá superar a marca de R$ 3 bilhões no final de 2014.

A Ernst&Young divulgou um relatório onde prevê que, de 2010 até 2014, serão injetados na nossa economia R$ 142 bilhões, R$ 62 bilhões de renda no mercado de trabalho e criação de 3,6 milhões de empregos por ano.

Portanto, a realização da Copa do Mundo no Brasil é uma perspectiva excelente para o mercado esportivo, desde a construção de estádios, infraestrutura, clima gerado entre os consumidores, torcedores ou não, principalmente pelo grande interesse da mídia.

Tempos atrás, antes do desenvolvimento da informática, os funcionários e colaboradores mais importantes das empresas eram aqueles que dispunham e detinham as informações. As informações da própria empresa e do mercado eram de difícil obtenção e eram manipuladas e comercializadas como produtos. Só as grandes empresas internacionais detinham dados de mercado, de consumo, de mídia, de tendências de hábitos de consumo entre muitos outros.

Hoje, os funcionários e colaboradores das empresas mais requisitados, valorizados e disputados são aqueles que sabem tirar o melhor proveito das informações. Os criativos. Em planejamento, desenvolvimento de produtos, comunicação, comercialização em toda a abrangência do marketing.

Praticamente todas as matérias, artigos e opiniões publicadas sobre a Copa de 2014 falam e exibem números. Isso é o que eu chamo de informação. Dados. Referências.
Mas como aproveitar todas as oportunidades que esses números proporcionarão às pessoas e empresas?

Aí está a grande oportunidade dos profissionais de marketing e das médias e pequenas empresas. Como interpretar essa grande quantidade de informações. São quatro anos de chances e oportunidades: transporte, turismo esportivo, turismo receptivo, arenas, espaços comunitários, treinamento e qualificação de mão de obra, cursos, faculdades, escolas, marketing, comunicação, segurança em eventos, captação de recursos (leis de incentivo), entretenimento, alimentação, licenciamento, telecomunicação, mídia entre muitos e muitos outros.

Três anos até a Copa. Cinco anos até os Jogos Olímpicos Rio 2016. E décadas depois disso. Porque, a partir de 2017, o Brasil estará num patamar muito mais alto em marketing esportivo. Teremos um mercado muito mais desenvolvido e profissionalizado.
As empresas mais observadoras, profissionais e criativas terão os melhores resultados. Os números estão na internet. A criatividade na mente de cada um.

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